terça-feira, 10 de setembro de 2019




VIDA NO ESPÍRITO

ESPIRITUALIDADE DO (A) CATEQUISTA

Viver segundo o Espirito de Jesus Cristo é a vocação de todo aquele que ouviu o chamado do Filho de Deus e aceitou fazer com ele o caminho para a casa do Pai.
Catequista é discípulo (a) de Jesus Cristo e vive sua missão na comunidade de fé em comunhão com a comunidade onde faz experiência de fé, de fraternidade, de solidariedade, de acolhida e vivência da prática de Jesus Cristo.
 A Comunidade é o lugar de encontro com Cristo, de escuta e de revelação da Palavra do Senhor (Jo 20,19-20; Mt 18,19-20).
Catequista é a pessoa que fala em nome da comunidade (EN 60) e por chamado de Jesus Cristo. O que requer do Catequista fidelidade e harmonia de discípulo e missionário de Jesus Cristo, uma vez que fala em nome da Igreja (EN 44. 63. SD33), pois ao catequista, compete a tarefa de atualizar a revelação de Deus feita por meio de Jesus Cristo.

2. VOCAÇÃO E MINISTÉRIO DO CATEQUISTA

            Chamado pelo Senhor, a uma missão especial, fazer novos discípulos, formar Comunidade, revelar o amor de Deus vivido e manifestado em Jesus Cristo. Vocação que nasce na celebração da escuta da Palavra de Deus da celebração do Batismo, confirmada com o dom do Espírito Santo e alimentada na Eucaristia, é vocação por que é Jesus quem chama e envia em missão.  (Mt 28,16-20; Lc 5,1-11). Ser catequista é viver uma vocação caracterizada pela disposição de servir o irmão no caminho do Reino.
O catequista encontra sua identidade na vivência da comunhão e participação na missão da Comunidade dos discípulos do Senhor. O que é uma realização de nosso de batismal. (Est. CNBB 59, Nº. 44.), deste modo o catequista deve ter sempre presente de que é membro da Igreja, que é enviado por Deus e pela Comunidade (Est. CNBB 59, N.º 45.46).
Catequista é formador no seguimento e na prática daquele que veio para servir e dar a vida em resgate de muitos, foi chamado a participar do Ministério dado por Jesus a seu corpo que é a Igreja, foi colocado a serviço do Reino na comunidade de fé em comunhão com os Pastores da mesma Igreja.
 Os Catequistas são enviados como ministros e servidores da Palavra, em favor da vida, a exemplo do Mestre. O catequista é alguém que foi ungido pelo Espirito Santo e é conduzido pelo mesmo Espírito na realização da missão catequética, pois, tem nas mãos e no coração a missão que Jesus recebeu do Pai (Lc. 4,14-20.42-44)
É preciso que o catequista de hoje encarne a palavras de Jesus.
“O Filho do Homem veio ao mundo para servir e dar a vida para que outros tenham vida e vida que Deus quer”.
 Catequista é um instrumento nas mãos de Deus, um sinal do amor de Deus para com a comunidade e a humanidade, como profeta fala o que Deus tem a dizer a seu povo, como discípulo de Jesus, assume as dores, as angustias e as esperanças dos pobres, marginalizados e excluídos, tendo Cristo como caminho, verdade e vida.
O catequista caminha com Deus e com o povo.
Um educador permanente da fé
Sua caraqueteristica
            É aquele que como Jesus, caminha com o povo, respeita a sua cultura, sua linguagem, seu jeito de ser, celebra e vive a fé em comunidade.  É pessoa de oração, de meditação da Palavra de Deus e da vida do povo.

3. MÍSTICA DO CATEQUISTA

          A mística do catequista é trinitária, libertadora, comprometida com a vida e a serviço da vida.
 O Catequista é uma pessoa de fé, esperança e caridade, vive sua vocação no Espírito da trindade, na escuta do clamor do povo, vê o sofrimento do outro e à luz da fé na Palavra de Deus na Bíblia e na tradição da Igreja, busca os recursos necessários no processo de solidariedade no resgate da dignidade da vida, amante da Palavra de Deus, se faz lugar da manifestação da misericórdia e do amor de Deus para com os pequenos, marginalizados e excluídos.
Conduzido por esta mística o catequista se abre constantemente à ação do Espirito Santo e por Ele se deixa conduzir na vida de comunhão com Deus a serviço da vida, passa de observador a contemplador da natureza, faz do mundo o templo do Deus vivo, pois sabe que o mundo é de Deus.
O segredo desta vida está na participação na vida e missão da Igreja, na celebração da vida, que chega seu ponto alto na fração do Pão Pois, é Jesus que se dá a nós como alimento “Quem come deste Pão permanece em mim e eu nele”. Ai a pessoa acolhe e vive a vida que se entrega no seu grande gesto de amor ao projeto do Pai.

4. MERGULHANDO NOS MISTÉRIOS DE DEUS

“Quem crê não pode deixar de anunciar e de testemunhar a fé (CR 66) quem foi escolhido, recebe um encargo, uma missão”: anunciar Jesus Cristo, mas Jesus Cristo encarnado na vida do povo, aquele Jesus que foi fiel à proposta libertadora do Pai.
A principal tarefa do catequista é pregar o Evangelho, isto é: a Boa nova de Jesus Cristo.
A Catequese tem que nos levar: Expressar nossa fé de modo consciente e transformador, na celebração litúrgica e de modo especial na celebração eucarística.
            A adoração do Pai no respeito e promoção da vida numa entrega incondicional a serviço dos irmãos, na comunhão com o Filho de Deus, na unidade da Comunidade, (CR 67).
Catequizar é mergulhar no mistério de Deus e da pessoa humana, é fazer da vida o lugar da manifestação da Santíssima Trindade que é a melhor Comunidade.
Os que fizeram a experiência do caminho no encontro com o Senhor (Jo, 1,35-51), são chamados a ser luz, que ajude outro a se tornar adulto na fé (Mt 5,5,13-16). É preciso descer as profundezas das raízes, para que o outro reencontre os caminhos da vida (Jo 14, 1—6; 12,20). É necessário assumir o projeto libertador de Jesus Cristo, até as últimas conseqüências.
É o Espirito que conduziu Jesus nos caminhos da vida, que faz brotar nova vida para glória de Deus Pai e a realização da pessoa humana. O discípulo não está só, Jesus prometeu estar presente, o catequista sabe que o caminho de comunhão passa pela: Meditação da palavra de Deus, celebração e vivência da Liturgia como ação de Cristo e da Igreja, pela participação na eucaristia, que é mergulho na vida de Deus, fazendo da própria vida o lugar da habitação de Deus. Tal foi o caminho que Jesus fez no serviço ao Pai e aos irmãos e irmãs, passando pela mesa da Cruz e da Eucaristia.
No seguimento de Jesus Cristo, o Catequista percebe e conclui com o Apóstolo Paulo, a Igreja é “Corpo de Cristo” e se a Igreja é Corpo de Cristo, logo, Cristo está presente na vida e na Ação do catequista, podemos tomar aqui o que diz o Concilio VAt II, SC. 7.10.  Ele é a cabeça, o Espírito que move e dá sentido e vida a ação da Igreja (Cl 1,18;2,9; Ef 1,13;4,15) Lucas em At. Nos dá o perfil do catequista, quando diz nós e o Espirito Santo somos testemunhas da Ação de Deus e do que tem acontecido nos últimos tempos (At 5,30-32)
A Espiritualidade e a mística do catequista constituem uma identidade que revela a presença do Cristo na Comunidade, comprometido com a qualidade de vida da pessoa humana e do universo, aí o sacramento se torna vida e vida vira Sacramento de libertação e salvação. Onde a educação para o os caminhos de Jesus, significa conduzir para a universalidade tendo como meta realizar a vontade do Pai.
Nesta caminhada a Comunidade tem papel importante, é nela que a pessoa alimenta a fé que recebeu no batismo, fortalece pela Eucaristia e faz da vida uma hóstia viva, misturando sua vida com a vida de Cristo Ressuscitado, assumindo os Caminhos de Jesus no tempo presente.
Jesus, o Pão partido para a vida do mundo, está presente no seu Corpo que é a Comunidade e nela se deixa encontrar.
Mas Ele quer ser hoje, o que foi para o cego, para o paralítico, para o surdo Mudo, para Maria Madalena, para Marta e Maria e muitos outros, que descobriram nele o Salvador, o Filho do Homem, o Filho de Deus, o Cristo do Senhor, o libertador. Ele não é um magico, mas alguém que ama a vida e que pela vida dá a própria vida.   
           
Quem sou “eu”?
Que sou eu para você?
Eu sou o que você pensa de mim?

 Viver a vocação de educador na fé num mundo onde cresce a busca pelo Sagrado e onde parece que o Sagrado se encarna em outras imagens. O Cristão tem um grande desafio pela frente. Ser fiel a proposta de Jesus Cristo, que diz: eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude.
Pensar a Espiritualidade do Catequista, é pensar sobre o jeito de ser catequista, como pratica do seguimento de Jesus Cristo. 
Os Apóstolos atestam que Jesus passou por este mundo fazendo o bem, comprometido com o projeto do Pai em favor da vida, que envolveu de tal modo com os pobres e excluídos, que termino sua caminhada na terra fazendo a experiência da Cruz, porém se tonou para os amigos, caminho, verdade, vida, pão vivo descido do céu.
Ser catequista é ser uma luz para aqueles que buscam novos caminhos de realização na terra em comunhão com Jesus Cristo na força do Espírito.
Ser catequista é ser espaço de reconstrução do Sagrado, espaço de encontro com o Senhor da vida.
O catequista em sua missão é chamado a ser plenamente humano para ser espaço de revelação do divino, para que em nosso hoje as pessoas sintam que Deus visitou o seu povo e que também hoje Deus visita o seu povo com a mesma ternura que se manifestou quando o Filho de Maria andava visivelmente pelas terras da Palestina, a margem do Jordão, curando os doentes, perdoando os pecadores, libertando os oprimidos, forjando novos tempos.

Conclusão

Destaque o que mais gostou e expresse em forma de oração de ação de Graças.
Manifeste o que você sentiu em forma de profissão de fé.

VIDA SEGUNDO O ESPÍRITO DE DISCÍPULADO

           A Espiritualidade constitui um modo de vida, uma identidade, uma prática de vida segundo o Espírito e no espirito de Jesus. para o ser cristão. Na verdade, não existe cristão sem espiritualidade o que devemos nos perguntar, é, se nossa prática cristã nos dá identidade de seguidores de Jesus Cristo.
            A catequese é uma atividade educativa, dinâmica e progressiva, que visa levar a pessoa à maturidade da fé cristã, que é resposta ao apelo de conversão (Mc 1,14-15), de modo que seja capaz de dar razão consistente para sua fé, alimentando a esperança na realização do projeto de Deus.
              A (0) Catequista é alguém que se alimenta da fonte que sustenta a comunidade de fé, a saber:
Vida comunitária.
A palavra de Deus,
Estudo e meditação da Bíblia.
Liturgia.
Oração.
Eucaristia
 Testemunho de seguimento nos caminhos de Jesus Cristo.
           A espiritualidade do catequista se caracteriza pelo gosto de estar com Jesus na oração e no serviço aos irmãos e ao mundo. O que se expressa, na comunhão com Jesus na realização do projeto do Pai, colocando-se a serviço da vida especialmente dos mais pobres e abandonados, dos excluídos, de modo que nele as pessoas reconheçam o agir de Deus.
             O olhar fixo em Jesus, permite ao catequista assumir um processo de educação da fé que leve em conta a realidade do catequizando, ajudando-o a viver a vida de discípulo de Jesus Cristo. (ver CR. 214 - 215) vivendo e levando o catequizando a viver sentimentos de Jesus Cristo na dedicação o que ouviu e aprendeu do Pai.
             O (a) catequista é a pessoa que foi chamada, e enviada para formar discípulos e comunidade de Jesus Cristo, para dar a conhecer os mistérios de Jesus Cristo e para contribuir na construção de uma Sociedade que seja sinal do Reino de Deus.
          O Catequista sabe que a comunidade cristã nasceu em meio a conflitos, comunidade que surge como conseqüência do compromisso de Jesus com o Projeto do Pai,  a fidelidade a vocação que recebeu do Pai, permitiu viver a experiência da cruz, onde nasceu, por força de sua opção os Sacramentos da nova aliança, assim conflito e crise, na história da comunidade cristã anunciam a proximidade de uma nova experiência da manifestação da força de Deus, é sinal de que algo novo está aproximando e que Deus não abandona o seu povo
(Catequese do ponto de vista da Igreja)

              A Igreja acredita que é tarefa da catequese, formar a pessoa para viver a fé que os apóstolos e as primeiras comunidades experimentaram, viveram e transmitiram e, ao mesmo tempo ajudar a pessoa a viver a fé, tendo presente a realidade do pluralismo religioso e das culturas do nosso tempo (Doc.45. N.224.297 DGAE 61,216. CNBB), levando o catequizando a uma participação ativa e consciente na liturgia, na vida e missão da Igreja. 
            A Bíblia nasce da experiência de vida comunitária, é de certo modo como conseqüência da escuta das palavras que saíram da boca do povo de Deus e de Jesus, interpretação à luz dos acontecimentos, sentido e experimentados na Comunidade. Alguém teve a feliz idéia e fez a seguinte afirmação: “Bíblia é Livro feito em mutirão”.
                                        A catequese tem dimensão ecumênica, o que exige uma espiritualidade verdadeiramente cristã. (Doc54, n.218).
A vivência da Palavra de Deus e da Liturgia leva a uma prática catequética, capaz de produzir uma espiritualidade da libertação no processo de seguimento de Jesus Cristo, o que é uma exigência da vida no Espirito Santo. (Jo. 10,10; Jo. 17; Lc. 19,1-10; Mt. 25,31-46 Lc10, 29-37) Cristão é aquele que no seguimento de Jesus Cristo, coloca a vida em primeiro lugar.
                A atividade catequética ajuda o catequizando a assimilar a espiritualidade do evangelizador, uma espiritualidade enraizada na tradição cristã e encarnada no tempo (Doc. 54, Ns. 329-342). Que conduz a uma vivência de intimidade com Cristo; ora a vida de intimidade com Cristo coloca a pessoa a serviço de todo aquele que necessita da manifestação do amor de Deus em favor da vida, ligar fé e vida que é as exigências da evangelização inculturada. (DGEA 61, N. 336-341).
             O (a) Catequista deve estar atento para que sua atividade catequética seja vivida na Comunhão da Igreja e alimentada pelo Espírito de Cristo.
             Segundo os Atos dos Apóstolos, Jesus derrama o Espírito Santo sobre os apóstolos (comunidade) para, que seja testemunha de tudo o que Senhor fez em favor da vida e denuncia tudo o que revela a presença de sistema e projeto de morte para os pequenos e pobres; Para a Comunidade Joanina, o Espírito é dado para que a Comunidade recrie novas relações onde a lei maior seja o amor. 
               É necessário crescer na consciência de que na comunidade cristã todos são aprendiz de um único Mestre, Jesus, e que ser discípulo de Jesus é permanecer na escuta da Palavra de Deus, sem perder de vista aqueles para os quais, Jesus foi enviado e pelos quais deu a própria vida. (Jo9 e 11) sua missão é abrir os olhos dos cegos; ressuscitar pessoa e comunidade.
            Os Atos dos Apóstolos apresentam várias chaves de leitura para uma espiritualidade de discípulos de Jesus Cristo: Ser testemunha do Ressuscitado, permanecer na escuta dos ensinamentos dos Apóstolos, na vida de oração, partilhar vida e esperança, vivência da nova aliança, diante dos acontecimentos de hoje, ter atitude profética, assumir política que expresse a presença do Reino de Deus, na busca da justiça, amor e da paz.
              A Catequese tem a missão de criar, novas relações e existe em função da educação para a vivência dos mistérios da fé.
                O cristão é a pessoa que está em constante processo de conversão, porque Jesus veio para que aqueles estivessem impedidos de viver com dignidade de pessoa humana, encontrassem o sentido da vida. Assim a catequese deve levar o catequizando a assumir compromisso em defesa e promoção da vida, ao engajamento na Comunidade de fé.
              Cremos que aqui está a identidade da espiritualidade do Catequista, compromisso com a qualidade de vida da pessoa humana, da comunidade e da natureza, que é espaço sagrado.
             A fidelidade a Jesus Cristo, desperta para a realidade, para a vivência da liturgia, para a dimensão ecumênica e profética, para a leitura crítica e comprometedora da Palavra de Deus na vida, na história e na realidade do dia a dia.

PARA APROFUNDAR:

  1. Partindo deste texto, como é que você analisa sua prática catequética?
2. Em sua catequese está sendo assumido o Plano Pastoral de nossa Igreja Particular?
3. Como é sua experiência de encontro com Jesus e como se expressa na Comunidade de fé e na Sociedade?
    
 Para ajudar na leitura destes textos bíblicos:
Quem está falando no Texto
Com quem está falando
De quem está falando?
O que diz o Texto para nós hoje?
Escreva uma oração inspirado no texto que você está lendo.
Partilhe com alguém a oração que você fez inspirado no texto bíblico
Ex13, 14-16; Dt.6, 4-7.20-25; 30 ,6. 11-14
Mt.28, 7.16-20; 18, 19-20
Lc.22, 28-30.32; 24, 48-49;
At 1, 8. 21-22; 2,32; 3,14-16; 5,30-32; 10,36-42

ESPIRITUALIDADE FACILITADORA

“Não tenha medo! De hoje em diante você será pescador de homens” (Lc 5,11).
Quem aceita o desafio de ouvir a Palavra de Deus, torna-se facilitador de encontro da pessoa humana com o Deus da vida, Os evangelistas nos apresentam o caso da comunidade que leva até Jesus um paralítico, Jesus vê a realidade, o esforço da comunidade que rompe os obstáculos para que, em meio a desafios se manifeste a ação de Deus, que provoca novos conflitos que nasce do encontro com Jesus. (Lc 5,18—20.26.31-32). É assim que age uma pessoa, portadora de uma espiritualidade facilitadora e libertadora.
Nos caminhos de uma espiritualidade facilitadora, a pessoa se deixa encontrar e conduzir pela Trindade em direção da pessoa humana. Jesus é mestre neste tipo de espiritualidade, quem o encontra, encontra aquele que o enviou, e Jesus faz questão de apontar o Pai, como aquele que é (Lc 6,31. 36; Mt 5,48; Jo 6, 6-11;15,15-17).
O (a) Catequista alimenta das mesmas fontes dos discípulos de Jesus e, uma vez que espiritualidade é uma vida segundo o Espírito e em nosso caso no espírito de Jesus. Os discípulos encontram em Jesus uma pessoa que foi profundamente comprometida com a realização da pessoa humana e com a realização do projeto do Pai.
Jesus é o revelador do rosto amigo do Pai, e ao mesmo tempo alguém que respeita os limites de seus ouvintes e até dos discípulos.  Ele só faz o que a Ele cabe a fazer, mas em nem um momento substitui seus ouvintes, e para ele seus ouvintes deve fazer o que pode fazer para que se manifeste a glória de Deus, que é a realização da pessoa humana.
Quando os discípulos pedem para despedir a multidão, Jesus convida-os a fazer o que devem e podem fazer pela multidão (Mc 6, 34-44), quando as irmãs de Lázaro, pedem uma manifestação de Amor, Jesus, as desafia a fazer a parte que elas podem fazer. Jo 11,12- 44. Somos motivados a explorar nossas capacidade e inteligências em favor da vida, na busca de comunhão com a Trindade, na vivência de projetos que defende e promove a pessoa humana.

Para aprofundar

Como você ajuda as pessoas a encontrar Jesus, ouvi-lo e caminhar com Ele?
Você é capaz de acolher o diferente sem perder o referencial de sua fé ou que constitui a identidade de seu grupo (Comunidade), aceita procurar ajuda de pessoas que foram enriquecidas com os dons da ciência? Aproveita os dons das ciências para ajudar outras pessoas?
Todas as comunidades citadas no segundo Testamento acreditam que Jesus tinha uma grande preocupação com a vida, com a saúde e alimentação de sua gente. Jesus usou dos recursos da natureza e dos conhecimentos das pessoas, provocou atitude de solidariedade. Seus discípulos devem conquistar o pão de cada dia e celebrar com alegria e simplicidade de coração. É preciso crer em Deus e reconhecer sua ação na pessoa humana, na Comunidade e na sociedade. É preciso também cooperar para que tenhamos uma sociedade mais justa e solidaria, com a realização do projeto de “superação da miséria e da fome no mundo”, é preciso globalizar a solidariedade. Na vivência segundo o Espirito de Jesus, o mundo torna-se o lugar da prática do bem, do exercício do caminhar com Jesus. É preciso alimentar a paixão pelo Dom da vida, elaborar e desenvolver ações que preserve a natureza. Jesus usou os recursos que estavam a seu alcance, tais como a terra, a água, pão, o vinho, as plantas, barcos, lagos, mares e estradas, usou e aproveitou do conhecimento de sua gente, para despertar a consciência de que, grande parte do poder da cura e da realização da pessoa humana está dentro dela; “levanta vai em paz, tua fé te curou” (Lc7,50;8,48).
Precisamos ter coragem de romper com certos esquemas que aparentemente dão segurança. Jesus assume o risco de deixar ser encontrado, Ele sabe em quem acreditar, sabe que o Pai tem confiança em seu trabalho, mas o Pai de Jesus é também o Pai de todos os que aceitam Jesus e em sua missão. Sabemos do encontro de Jesus com os pobres e marginalizados, a mulher que encontra Jesus no banquete e muitas outras excluídas (Lc 7, 45-49).
 Facilitar o encontro da pessoa com Jesus é missão do discípulo. Isso nos parece tranqüilo o que nos questiona é pensar que precisamos ajudar a pessoa a se encontrar com ela mesma e descobrir o Reino de Deus que se faz presente dentro dela e para alem de todo e qualquer esquema e estrutura de dominação.
“Levanto os olhos aos montes: de onde me virá auxilio? O meu auxilio vem do Senhor, que fez o céu e a terra (Sl121) lâmpada para os meus passos é tua palavra e luz no meu caminho” (Sl119)
O (a) catequista tem a missão de com o testemunho das Escrituras, das primeiras comunidades, seguindo a metodologias dos primeiros discípulos e daqueles que acreditaram no testemunho dos discípulos, ajudarem as pessoas de hoje a encontrar Jesus Cristo e Jesus Cristo ressuscitado, mas também de fazer a experiência de uma nova vida, que é fruto do encontro com Jesus de Nazaré, reassumido no encontro pessoal e comunitário com o Ressuscitado (At 13, 16-27. 29-35) Grande parte da vida de Jesus foi dedicada a abrir os olhos ou despertar a consciência das pessoas para verem a realidade e assumirem novos caminhos. Ele mesmo se tornou o caminho para a casa do Pai. E se fez alimento que sustenta os discípulos na caminhada rumo ao reino definitivo. Ele é o comunicador da verdade e da vida. É importante notar que Jesus não só se fez caminho, mas permite aos discípulos perceber que ele é o caminho que conduz a casa do Pai, que todo o seu caminhar foi um caminhar em direção a casa do Pai, toda sua vida foi consagrada à realização do projeto do Pai, a realização da pessoa humana.
Quais são as motivações que dão sentido a minha vida de cristão, como catequista?
O que é ser catequista a partir de uma experiência de espiritualidade facilitadora?
Que conseqüência tem em minha vida ser cristão catequista, num mundo globalizado onde tudo gira em torno de uma economia de mercado?
Testemunhar Jesus Cristo, para os primeiros cristãos era também mostrar que, aquele que tinha passado fazendo o bem, tinha sido condenado a morte, mas que Deus tinha ressuscitado Jesus, fazendo saber que Jesus estava agindo com dignidade e respeito a vida.
Viver segundo o Espírito, não significa, ausentar-se da realidade do mundo, mas no seguimento de Jesus deixar-se guiar pelo Espírito de Cristo, colocando-se plenamente a serviço da transformação da realidade opressora numa realidade que produz vida de comunhão fraterna. É o Espírito Santo que facilita o nosso Encontro com Cristo Jesus, é ele que faz de nós, místicos, fascinados pelo Mistério de Cristo e alimenta em nós o desejo de realização dos projetos de Jesus Cristo.
Espiritualidade de comunhão participação e missão há de ser vivida por todos aqueles que querem fazer com o outro a experiência de em conto com Jesus, o Cristo do Senhor.

Senhor Jesus

Senhor Jesus, cremos que nos chamastes para uma missão de amor, que conduz a vida, para que onde a vida estiver aniquilada, apresentemos uma proposta que faça surgir vida nova, nos chamastes para uma missão que exige de nós confiança no Pai, para seguir os teus passos passando por caminhos que levam aos pobres, marginalizados e excluídos. Nossa missão espera de nós na revelação de teu Nome, ações solidárias, de respeito e promoção da vida. Tu nos deste diferente exemplo, por último, no altar da Cruz entregastes nas mãos do Pai em nosso favor e na Mesa do Pão se entregastes a nós, para que sejamos sua eterna morada.
Acolhe, Senhor, a confissão de nossa fé e dá-nos força para permanecermos em teus caminhos, pois Teu é o Reino, poder e a glória, ontem, hoje e sempre. Que assim seja meu Senhor e Meu Deus.