sexta-feira, 29 de dezembro de 2017


CAMINHO PARA O DISCIPULADO
A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós. 2Cor 13,13

MISTÉRIO DA RESSURREIÇÃO

Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está introduzido à direita de Deus, Cl 3,1
O testemunho de fé e reflexão sobre Cristo Ressuscitado tem como conseqüência o compromisso do cristão com o projeto de vida que Jesus abraçou e levou a termo até a morte e morte de cruz. O ressuscitado é aquele que em tudo está em comunhão com o Pai e com o Pai e O Espírito Santo libertou e fez descer da cruz os crucificados de ontem e nos convida a fazer o seu caminho. “Crê no Senhor Jesus e será salvo, como também todos os de sua família” At 16,31 Quem crê segue, escuta e responde com seu sim.
                 Nossa reflexão parte da convicção de fé daqueles que comeram e beberam com Jesus de Nazaré. Eles, depois de ter comido e bebido com o Mestre experimentaram algo novo. A Experiência com o Ressuscitado e transmitiram tal experiência. Paulo e sua equipe de trabalho bebem nesta fonte, encarnam essa experiência de fé e a vivem de tal modo que para eles, negar tal fé é rejeitar a salvação que vem de Deus. Para Eles o Deus que ressuscitou Jesus Cristo, também em Cristo nos ressuscitará, pois todos aqueles que colocam nele suas esperanças não serão decepcionado cf. Ef. 1,2023;2,6.13-14a. Os que crêem em Cristo ressuscitado são destinados a salvação eterna (1Ts 5,9-11; 1Cor 15, 20-23). A aceitação de Cristo Ressuscitado implica no estar com Ele também no sofrimento, para que como Ele saiu do sofrimento e da morte para a glória Eterna, se torne mais firme a esperança na participação de sua ressurreição. (cf. Fl 3,10-12.) o porquê desta esperança é a certeza de ter sido encontrado por Jesus Cristo. Assim, entendemos a ressurreição da carne como processo de aceitação continua e progressiva do Senhor Jesus até que todo o nosso ser seja totalmente assumido por ele, pois nele está a nossa salvação. A ressurreição é obra de Deus em nós por meio de Jesus Cristo, cf. Ef 2,6 graça a nossa união com Cristo Jesus.
JESUS CRISTO
Que a Palavra de Cristo habite em vós com abundância, Cl 3,16
                 Que Cristo habite em vós com toda sua força vos transforme para glória de Deus Pai.
                 A Palavra de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo é Sacramento de Salvação, quando escutado e aceito na fé conduz a comunhão eterna, esta é a vossa vocação, anunciar o Reino de Deus (cf. Rm 1, 1-2. 16-17) É a Palavra que tocando aos ouvidos e sendo acolhida transforma a vida e leva ao encontro de Jesus Cristo






CATEQUESE

“Irmãos e todos vós que temeis a Deus, a nós foi enviada essa mensagem de salvação”, Jesus Cristo, Nosso Senhor. At 13,26
                 A catequese consiste em anunciar o caminho da salvação. Isto é Jesus Cristo, é um processo que se desenvolve ao longo da história e que se traduz numa aprendizagem e discernimento dos mistérios de fé e assimilação de uma nova ética, transformando a pessoa num ser da Palavra, de oração e de confiança em Jesus Ressuscitado. Quem demonstra aceitação gradativa destes elementos é introduzido no grupo pelo sacramento do Batismo e na festa do Reino (At 16,13-15.25.32-34)
                 Quem acolhe a palavra do Apóstolo (catequese) abre-se a fé em Cristo Jesus (cf. At 17,34, pois os Apóstolos são antes de tudo testemunhas de Jesus Cristo e de Jesus Cristo Ressuscitado Cf. At 18,5 (5,29-32.42) At 17,18b A fé, o acolhimento da palavra e do apelo à conversão, são requisitos indispensável à experiência batismal. Em sua catequese recaia um acento profundo na demonstração de que Jesus era o Cristo. Filho de Deus e que a fé em Jesus está em conformidade com a tradição dos pais. (At 18,8-11; 24,14-16) No Apostolo encontramos o testemunho vivo da fé em Cristo e o compromisso com o anuncio do Evangelho. At 18, 24-28. É preciso esclarecer sobre o batismo, embora sua origem esteja em João, é em Jesus que esta ação encontra significado pleno com rito e gesto de ingresso no conjunto daqueles que abraçaram a fé em Jesus Cristo. Aos que receberam o Batismo juntamente com os dons do Espírito Santo, são conduzidos ao banquete do Mistério Pascal, a ceia do Cordeiro (cf. At 19,1-5; 20,7). Aquele que escuta e crê na Palavra de Deus que sai da boca do apóstolo está apto a ser batizado (cf. At 8,12), pois os discípulos são destinados a anunciar o Reino de Deus.

CONFIANÇA EM JESUS CRISTO

Que a paz de Deus que supera todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos no Cristo Jesus Fl 4, 7
                 O Apóstolo Paulo, assim como os Primeiros Apóstolos e discípulos tem como preocupação e compromisso apresentar Jesus Cristo como o revelador do rosto amoroso do Pai e como único caminho pelo qual nos chega à salvação e pelo qual chegaremos à glória da ressurreição, para Ele a celebração do Batismo é sempre conseqüência da adesão da pessoa a pessoa de Jesus Cristo e a Eucaristia como banquete da comunhão com o Filho de Deus, que por nós morreu e ressuscitou, porem a participação nas celebrações do Mistério Pascal implica na vivência de uma nova ética, de um novo comportamento de vida.


A VIDA NOVA

Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, Ef 4,5
                  Não há uma catequese para celebrar o batismo, mas um anúncio veemente sobre a pessoa de Jesus Cristo. Este Jesus é o Filho de Deus, quem o acolhe, acolhe o Deus dos pais, acolhe um salvador, quem nele crê não é condenado, mas tem nele a reconciliação com Deus e com aqueles que Deus enviou para comunicar a Boa Nova da salvação, o Evangelho da graça.
Na Carta aos Romanos, Paulo faz-nos uma confissão de fé “nada nos pode separar do amor de Cristo cf. Rm 8, 38-39). (8, 21-35) O Batismo para ele nos dá uma vida nova, uma vida em Cristo, somos transformados em habitação do Espírito Santo (Rm 6,1-11; 8,17. A Unidade dos cristãos é fruto da fé que abraçamos em Cristo Jesus (1Cor 3,16-17.21-23, que bela conclusão “vos sois de Cristo e Cristo é de Deus” A nova ética nasce da consciência de que fomos conquistados por Cristo Jesus (cf. 1Cor20) a vida dos batizados deve ser pautada pelo agir de Jesus Cristo (cf. Ef 5, 29-30. A ação de Deus que no batismo nos dá vida nova está ligada a nossa fé em Cristo Jesus Cl 2,12. Por isso, notamos em Paulo e em sua equipe um verdadeiro esforço para ajudar a comunidade viver a fé em Jesus Cristo.
Quanto ao Matrimonio Paulo, não tem uma doutrina, mas tem conselho para quem realmente abraçou a fé em Cristo, o que importa é viver em Cristo e como discípulo, discípula de Cristo (cf. 1Cor. 7,39-40) O que ele propõe vale para quem vivem em Cristo, para quem tem o Espírito de Deus.

A COMUNHÃO COM JESUS CRISTO
Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti 1Cor 11, 23
A Eucaristia é comunhão com o corpo de Cristo e o “Corpo de Cristo” é a Igreja. Ele declara que este é um ensinamento que recebeu do Senhor 1Cor 11,23-2-6, deste modo exige-se de quem se aproxima da Mesa do Senhor seja solidário, comprometido com uma nova postura de vida.
A vida cristã é uma vida gerada no amor e só tem sentido quando vivida no amor, o capítulo 13 da primeira carta de São Paulo aos Corintos nos ajuda a compreender, o que expôs quando disse “que nada pode nos separar do amor de Cristo” e Cristo nos convidou a amar como Ele ama seus amigos (cf. Jo 15,12), ora, só quem se alimenta do Espírito de Cristo pode seguir este mandamento do amor, tudo isso concretiza no Mistério da Eucaristia.
A comunhão com Cristo se expressa também na comunhão com a igreja e hoje esta comunhão se manifesta na vivencia dos ensinamentos que a Igreja recebeu de Jesus de Nazaré e ratificada no encontro com o ressuscitado cf. At 24,13-35; Mt 28,16-20)



MISTERIO DA IGREJA
Ele é a Cabeça do corpo, que é a Igreja, Cl 1,18
A Igreja na compreensão de Paulo e das comunidades por ele fundadas é compreendida como Corpo de Cristo e por ser Corpo de Cristo e fruto do anuncio explicito de Jesus Cristo como Messias, Filho de Deus e a Igreja é de Deus (1Cor 11,16) e ainda por ser o resultado da pregação de Jesus e dos Apóstolos, a igreja é composta de muitos membros, mas forma um único corpo, porque tem no seu interior um mesmo Espírito, o Espírito de Cristo cf. 1Cor 12, 1-5; Rm12, 3-8. 18. A pesar de nossa fraqueza, no centro da Igreja esta Jesus Cristo cf. Cl 1,18-20.24-25; Ef 1,22-23, contudo a igreja nunca foi isenta de conflitos e de sofrimentos, mas a ela foi dada a certeza da redenção em Cristo Jesus, graça que nos foi dada no batismo cf. Cl 2,-14). Está Igreja fruto do serviço daqueles que abraçaram a fé em Jesus Cristo, tem o mesmo destino do Mestre e vive num mundo de contradição 1Ts 2,13-15. O Apóstolo mostra a comunidade que, o que ensina está em conformidade com o que vem do Senhor, portanto rejeitar o ensinamento da Igreja é rejeitar o que vem da parte de Deus (cf.1Ts 4, 2-4.8). Os que habitam no “Corpo de Cristo” são Filhos de Deus, um em Cristo Jesus, esta vida nova é dada no batismo e por isso todos são convidados a viver esta vida nova e como Templo de Cristo ter os mesmos sentimentos que há em Jesus Cristo (Gl 326-29; Fl 2,5) Ele assumiu o projeto do Pai de buscar e salvar o que estava perdido
Os que escutam e aceitam a Boa Nova de Jesus Cristo, devem reconhecer que existe uma unidade naqueles bens que Cristo com sua entrega ao Pai no altar da cruz, oferece também a Igreja para o bem daqueles que nele crêem cf. Gl 4,4-6.11-14)
O ESPÍRITO DO SENHOR
Jesus prometeu enviar o Espírito Santo a seus discípulos para que fiéis a vocação de anunciadores do Evangelho pudessem dar testemunho da verdade cf. Lc 24,48-49; At 1,5.8 e assim, são constituídos testemunhas do ressuscitado, Paulo procura mostrar a comunidade que Este Espírito está presente na ação da Igreja, no coração daquele que acolhe Jesus, por obra e graça de Deus. Este Espírito foi derramado no coração dos que aceita a Palavra e se deixa conduzir as águas do batismo. Rm 6,9; 8,11. Por outro lado, segundo Paulo é o Espírito Santo quem dá a pessoa a graça de reconhecer Jesus Cristo como Senhor cf. 1Cor 12, 3 e quem tem Jesus como Senhor, é também luz e deve proceder como filho da luz.
Paulo reconhece que Deus enviou o Espírito Santo aos corações daqueles que acreditam naquele que foi enviado como luz do mundo (cf. Gl 4,6-7) O Espírito assim como o Filho não vem por conta própria, mas é enviado com uma missão especial, a este respeito encontramos em Pedro um belíssimo testemunho “Vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis, para sua luz maravilhosa, vós aquele que antes não eram povo, agora, porém são povo de Deus 1Pd 2,9-10 e isto é fruto ação de Jesus na história e da encarnação desta atuação através dos que encontraram em Jesus o Cristo, que Deus ressuscitou. (cf. 1Pd 3,18-19.21-22) porque nele habita o Espírito de Deus que renova todas coisas. O Espírito vem em nosso auxilio e nos ajuda a pedir o que o Pai tem para nos dar. (cf. Rm 8, 26-27)


Organizar um momento de oração
At 13, 22-26
a)    O que diz o texto
b)   O que diz o texto para nós hoje?
c)    O que o texto me ajuda (nos ajuda) a dizer a Deus em forma de oração?
d)    O que vou levar para minha vida? Vamos levar para nossa vida do texto que acabamos de ler e rezar?

Senhor Jesus, obrigado por nos prometer e enviar o Espírito Santo e por nos achar dignos de participar da missão daqueles que foram chamados na primeira hora.
 Queremos viver segundo o testemunho dos Apóstolos e de todos os que antes de nós abraçaram a fé e foram conduzidos pelo teu Espírito.
Que teu Espírito nos conduza pelos caminhos da historia até que cheguemos por sua morte e ressurreição à casa
ANO NOVO
A TODOS QUE A SEU MODO E DO SEU JEITO DE SER ME AJUDARAM A CHEGAR ATE AQUI, O MEU MUITO OBRIGADO.
Desejo paz e alegria em 2018, mas sobre tudo desejo que tenha o dom de administrar os conflitos que aparecerem, que saibam E consiga estabelecer metas e objetivos para realizar seus sonhos.
A todos os que em 2017 me desafiaram a dar salto para o além, a dizer o que nem sempre tive coragem de falar. Que me fizeram ver que viver é um continuo ato de nascer, eu agradeço e convido a todos a viver a cada dia com novas atitudes sempre pautadas na ótica da justiça, do amor e por uma ética de respeito e promoção da vida e da comunhão com a Natureza.
Obrigado por você existir, obrigado por me permitir dizer que você me desafia a encontrar novos sentidos para viver este novo dia e acreditar que agindo com novas atitudes observando e respeitando o direto dos outros 2018 será um ano de grande prosperidade, porque vejo em você uma luz que me ajuda ver o caminho e vislumbrar novos sonhos.
Feliz 2018

Pe. José de Oliveira da Silva

sexta-feira, 14 de julho de 2017



MARIA E A EUCARISTIA NA VIDA DA COMUNIDADE

Mulher, eis o teu filho. Eis a tua Mãe (Jo 19, 26.27).
Maria é a mãe inseparável da Igreja

Que Maria é Mãe de Jesus não é dúvida para ninguém, que Jesus no alto da cruz tenha entregado sua mãe como mãe do discípulo amado, também, o cristão encontra confirmação no Evangelho, e que ela esta reunida com os discípulos antes da realização da promessa de Jesus (cf. Lc 24,49; At 1, 8. -14) Ela é exemplo e mestra na arte de escutar a Palavra de Deus. Escuta, medita e responde colocando sua vida e todo o seu ser à disposição de Deus para que o projeto de salvação seja comunicado, conhecido e aceito pelos esperam, buscam e aceita a salvação que vem de Deus.
“A presença da Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, é importante reconhecimento, por parte da comunidade nascente. É a discípula, cheia de fé, e modelo no seguimento de Jesus. Sua fé foi dom, abertura, resposta e fidelidade". (DNC 104).
“A devoção à Mãe de Jesus e aos santos será visto no contexto do seguimento de Jesus Cristo e confiança no Pai” DNC 131. Como acolhida da ação do Pai por meio de seu amado Filho
A devoção a Maria, Mãe do Senhor aproxima o cristão da pessoa de Jesus Cristo, por que Maria é encontrada junto e na Comunidade do discipulado, dos seguidores de Jesus (cf. At 1,12-14) Ela é mãe e discípula, formadora na arte do seguimento do Mestre.
Maria acolhe a Palavra de Deus, torna-se Mãe e educadora do Filho querido do Pai, sua Missão, sua vocação especifica é colaborar com o plano salvador do Divino Pai Eterno. Abrindo se ao Plano de Deus, é a primeira abraçar a fé cristã e sua fidelidade dura para sempre. 
Maria é a grande missionária, sua primeira visita missionária, nós a encontramos no Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39-56). Tudo ela fez com humildade e ternura em vista dos Méritos de Jesus Cristo.
Ela é reveladora do Cristo Senhor. No Documento de Aparecida, a Igreja nos apresenta Maria como aquela que, sem dúvida é modelo e caminho seguro de cultivo da fé, da Comunhão no seguimento de Jesus Cristo (DAP 266-272).
Toda esta apresentação enraizada na Palavra de Deus contida na Bíblia e na vida da Igreja, na celebração da Páscoa de Cristo Jesus, nos prepara e nos da força para viver a fé no Filho de Maria e de aceita-la como mãe e modelo de discípulo de Jesus.
Em Maria e na Eucaristia se dá o verdadeiro encontro do homem e da mulher com Jesus Cristo. Cf.DAP 251, Ai encontramos o Senhor, renovamos o compromisso de aliança e somos alimentados na vida e na vocação de discípulo Missionário de Jesus Cristo.
Este encontro acontece mediante a força do Espírito Santo dado a Maria e que foi enviado aos discípulos por vontade e graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Aquele que a exemplo de Maria, ouviu, meditou, aceitou a Palavra do Evangelho, a Boa Notícia de Jesus Cristo, é alimentado no banquete eucarístico.
A Eucaristia é alimento que sustenta a vida da comunidade, porque mantém viva na vida do Cristão, a pessoa, a memória viva de Jesus Cristo, Maria e a Eucaristia, são para os discípulos dons de Jesus Cristo para que tenhamos a vida em seu nome.
Viver a fé em Maria como, Mãe de Deus, Mãe da Igreja e a fé na Eucaristia como lugar de encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo nos desafiam a acolher o Evangelho em todas suas dimensões e a fazer os caminhos de Jesus Cristo na intimidade com o Pai. O que implica verdadeiro e incondicional empenho na realização da missão que Jesus recebeu do Pai e deu a seus discípulos, com Maria aprendemos a arte de viver a Palavra de Deus e estar com Jesus a serviço de todos aqueles que necessitam da compaixão do Senhor.
Maria é o modelo perfeito no serviço de escuta e revelação da Eterna Palavra do Pai, sua vida é verdadeira oferta a Deus, para que se cumpra o desejo de revelar seu amor pelo mundo. Ela com sua vida seu ser nos mostra que é possível colocar-se diante de Deus com abertura necessária para realização do Projeto do de Deus Pai. Com humildade também no Espírito e com ajuda do Espírito Santo é que acolhemos Jesus no Mistério da Eucaristia, sem o exemplo de vida de Maria, é impossível viver em comunhão com Jesus Cristo que hoje vem a nós no Mistério da Palavra e da Eucaristia.
Maria Mãe do Senhor, é dada pelo Próprio Senhor como Mae de todos o que Nele Creem, assumiu o pedido de Jesus e este sempre junto da comunidade nascente (cf. Doc. 105 CNBB N.º 13-15) e com razão foi é chamada Mãe da Igreja. Maria ofereceu ao mundo as condições de reconhecimento de Jesus (cf. Lc 2, 15-18.25-322; Mt 2,11), hoje “a Igreja seguindo o Exemplo de Maria no acolhimento da Palavra de Deus oferece a todos o Evangelho de Jesus Cristo” (Doc 102 CNB Nº 74). Isabel encontra em Maria o Filho de Deus e faz sua confissão de fé, chamando-a de Mãe do Meu Senhor (cf.Lc 1,42-23), agora encontramos Jesus, o Filho de Maria, na pessoa do pobre, na comunidade reunida para escuta da Palavra, para oração e de modo todo especial no Mistério da Eucaristia.
   
Ó Deus de bondade, vosso Filho nos deu Maria como Mãe e se fez para nós, Pão da vida Eterna. Dai-nos a graça de corresponder em nossa vida o gesto de amor de Vosso amado Filho, ouvindo e acolhendo vossa Palavra na Bíblia, na vida da Igreja e no Mistério da Eucaristia. É o que vos pedimos Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém                                         

segunda-feira, 15 de maio de 2017




PENSAMENTO LIVRO

         O cristão, discípulo, discípula de Jesus Cristo foi chamado a ser luz do mundo. Deve dentro de suas possibilidades ajudarem as pessoas a se aproximarem e apaixonarem por Jesus Cristo e se colocarem em defesa da vida.
         O tempo dispensa comentário, fala por si mesmo, deixa sua marca cravada no ser e nas especiais.
         Por isso a cada manha e a cada noite, é o único tempo que tem para realizar uma ação, é o tempo que tem para viver e nem sempre por todo o período, este é o tempo que tem quer para viver, quer para morrer ou ressuscitar, é só o tempo presente e não outro.  
         Hoje e somente hoje quero pensar e valorizar as coisas que Deus fez e faz. Quero aproveitar tudo de bom que Jesus fez e faz em favor dos pobres, excluídos e marginalizados. Quero a exemplo d Jesus Cristo valorizar a vida lá onde ela se encontra para que Deus seja louvado e os homens e mulheres experimentem a alegria da comunhão e da harmonia do ser.

quinta-feira, 30 de março de 2017



DESPERTAR PARA VIVER UM NOVO DIA

Pe. José de Oliveira da Silva

Dela viemos e a ela voltaremos

Entramos neste mundo com a vocação e missão de conhecer e amar o chão que pisamos e o berço do qual aparecemos e um dia retornaremos no silencio da noite.
Ao despertar de um novo dia recebemos a ordem de “Cultivar e guardar a Criação” Gn 2,15. Que o Espírito nos desperte e nos conduza pelos caminhos da vida e nos dê a necessária energia para que respondamos a tão grande confiança.
A Quaresma faz parte do Ano Litúrgico, assim como o Tempo do Advento é tempo de preparação para a Celebração do Natal do Senhor, a Quaresma é tempo de preparação para a celebração da Páscoa da Ressurreição do Senhor Jesus. Na celebração do Tríduo Pascal, ponto central da fé cristã, razão de tanto empenho e apelo a nossa conversão.
É um tempo que se cauteriza pelo convite a conversão, a oração, o Jejum e a esmola (solidariedade: coleta de domingo de Ramos/Quinta feira Santa. Coleta para terra Santa). Para melhor viver este espírito quaresmal, a Igreja assumiu como tema para campanha da Fraternidade: BIOMAS BRASILEIROS E DEFESA DA VIDA, Cultivar e guardar a Criação, (Gn 2,15).
A criação não é nossa, é de Deus.  Nós somos convidados a cuidar, guardar, o que nos convence da importância do tema da campanha da fraternidade. Para nós não basta saber o nome dos seis Biomas Brasileiros, é preciso identificar as vidas presentes ai em cada um deles e identificando avançar em organizações que respeite e promova a obra do Criador.
Acolhendo a Palavra de Deus que nos chama à vocação ao cuidado com a vida, nos pede também conversão, olhando para a história aparece que o convite à conversão aparece depois da ordem de guardar e cuidar da Criação. Temos, pois que rezar e pedir perdão pela as agressões ao meio ambiente e as vidas ai presente em cada Bioma, mas sobre tudo precisamos pedir as luzes do Espírito Santo para que possamos progredir no zelo pela casa comum, conforme nos pede o Papa Francisco. 
É o Espírito de Cristo presente na Igreja que nos desafia a reconhecer as vidas e as culturas presentes nos Biomas brasileiros, bem como o apelo do Papa Francisco para que cuidemos com maior carinho da casa comum.
Sem o reconhecimento e respeito pelas vidas e expressões culturais e religiosas é impossível cuidar e zelar da casa comum.
Olhando a realidade de nossa história alguns pode até sentirem-se decepcionados, mas é preciso lembrar que em toda história, Deus sempre se lembra de seu povo e para testemunhar com maior profundidade o seu amor por nós, entregou não só a criação em nossas frágeis mãos, mas também seu próprio Filho Jesus Cristo Nosso Senhor.
Em Cristo toda criação ganha novo sentido e a própria historia se torna lugar da revelação do amor de Deus por nos.
O encontro com Cristo Ressuscitado impulsiona a pessoa a avançar por aguas mais profundas em busca de parcerias para melhor conhecimento e identificação dos Biomas e das vidas ai presentes. Conhecendo com mais profundidade o chão onde pisamos e dispondo de coragem para alargar os horizontes, certamente teremos e aproveitaremos as possibilidades de tornar nossa sociedade mais humana e respeitadora da vida.
O cuidado com a casa comum exige de um lado a capacidade de dialogar e de caminhar com o diferente e do outro a necessidade de embarcar nas aventuras de novas experiências sem perder o foco de nossa vocação comum que é a de cuidar e guardar a criação, pois da qual somos parte.
Uma espiritualidade fundada e alimentada na espiritualidade do discipulado de Jesus nos abre para aproximação de outras espiritualidades, e nos permite acolher com respeito outras formas de orar, pois cultura e história também são obras do Criador.
Sabemos e cremos que a fé é dom de Deus, um dom destinado a crescer e o crescimento deste dom em nós, implica na abertura para acolher os ensinamentos, proposta e convite que Deus nos faz por diferentes meios e veículos de comunicação presente na Natureza, na historia nas culturas e agrupamentos sociais e de modo especial no grito e silêncios dos pobres e marginalizados, (Mt 25, 31-40).
Cuidar desta porção da obra do criador envolve e custa a vida, enquanto cristãos somos chamados a cuidar com carinho desta porção da criação, utilizando e guardando a criação, pois nela encontramos os bens necessários a nossa estadia neste chão que tocamos com nossos pés, apalpando com nossas mãos. Como é agradável capitar com uma simples máquina fotográfica as nuvens, num voou, olhar de lá de cima nossos rios, nossas florestas, nossas planícies e montanhas.
Entristece-nos, ver lá do alto tanta degradação da Natureza e até de pessoas humanas, pessoas exploradas, pessoas que morrem nas filas de hospitais sem atendimento dignos de pessoa humana, pessoas que desgastam suas vidas nos ônibus em busca do pão de cada dia. “Cultivar e guardar a criação”.
Nossa fé nossa esperança nos pede maior engajamento na busca de harmonização do ser e confiança no amor do Pai. Tudo isso exige envolvimento em promoção de atividades que promova ações fraternas com a vida e outras culturas, a luz do Evangelho. “O Criador nos ama de tal modo que nos agraciou com o dom cultivar e guardara criação”. Só um Deus Pai amoroso pode confiar seus bem nas mãos daquele que Ele mesmo criou para o louvor e glória de seu Nome.
Sonhamos com aquele dia em que cada pessoa ao despertar diante um novo amanhecer, tome consciência que é parte integrante da Natureza e que até o momento vive e se alimenta d’água, do ar, do fogo e da terá e que tudo lhe foi dado de presente, mas que tudo pertence ao criador. Por isso é também nosso dever cultivar e guardar a esperança em que naquele novo dia o sol brilhara para todos.
Que o Espírito de Caridade, fraternidade, amor e perseverança, experimentado e vivido pelo Mestre seja mais uma vez derramados sobre nós para que sejamos portadores de relações fraternas e solidaria em defesa das vidas presentes nos Biomas brasileiros.